O Caminho do Fim do Mundo

O Caminho do Fim do Mundo

escritos sobre a Galícia e o Caminho de Santiago

Trecho:

O Caminho do Fim do Mundo é o sétimo livro que escrevo sobre a Galícia, ou na Galícia. E os meus livros “galegos” viajam comigo desde longe e de longa data. A pesquisa antropológica de campo que foi a origem de quatro livros anteriores – Aldeas, Crônicas de Ons, Com o Sol de Outono sobre os Ombros e O Corpo Coberto de Cores – foi iniciada no mês de março de 1992. Há vinte e cinco anos, portanto, antes deste começo do ano de 2017 em que, finalmente, concluo o que desde há tempos tenho considerado como a mais longa e sinuosa “caminhada de letras e palavras” de minha vida de professor, de pesquisador e de escritor.

leia mais

Aldeas – escritos e imaxes da Galícia Tradicional foi deixado entre mãos amigas na Aldea de Ons de Abaixo, na Paróquia de Santa Maria de Ons, do Concello de Brión, na região da Amahia, entre Santiago de Compostela e o Cabo Fisterra (Fisterre, Finisterrae, Finisterre). Conclui esse livro em 1999, revendo uma versão original redigida em uma velha máquina mecânica de escrever. Junto com fotografias em cor sépia, Aldeas foi publicado por iniciativa do Concello de Brión no ano de 2003. E, para a minha alegria, o livro foi gratuitamente distribuído entre as casas das famílias aldeãs de Santa Maria de Ons.

Outros livros da “sequência galega” completa este O Caminho do Fim do Mundo. Ele é bastante mais pessoal e confidente. Isto porque, de forma bem diferente dos outros escritos, ele faz interagirem transcrições de minhas anotações a mão durante os dias de “meu Caminho de Santiago” em novembro de 1992, com sequências de poemas sobre caminhos da vida e o Caminho de Santiago, escritos quando de meu retorno volta á Galícia em 1996. Quem queira caminhar comigo, ao longo de outras páginas depois das deste livro, procure encontrar Uma estrela, um caminho, um peregrino. Quando se percorre o Caminho de Santiago viaja-se por estradas e entre trilhas de terras de Espanha e da Galícia. Viaja-se entre tempos e, a quem for sensível e atento, viaja-se também entre símbolos que o passar das eras deixou pelo Caminho. Dentre todas, talvez a mais tocante seja a menorzinha delas. Quando em algum momento alguém se sente perdido entre trilhas e encruzilhadas, nada mais afortunado do que encontrar pintada em um muro ou uma árvore uma pequeninha seta amarela. Ela indica o rumo certo. E quem encontra pensa, ou mesmo diz em voz alta: “é por aqui!” E segue o seu caminho.

menos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *